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    Clima Irregular no Mato Grosso Aumenta Pressão de Plantas Daninhas no Algodão: Como Garantir Produtividade e Qualidade

    Safra recorde de algodão no Brasil enfrenta desafios com clima irregular e plantas daninhas. Veja estratégias para manejo eficiente e sustentável.

    2 de dezembro de 2025

    A safra brasileira de algodão em pluma 2025/26 promete ser histórica, com projeção da Conab para 4,9 milhões de toneladas, um novo recorde. Porém, junto com as boas expectativas, os produtores enfrentam desafios importantes, como condições climáticas irregulares e o manejo de plantas daninhas, fator crítico para garantir produtividade e qualidade da fibra.

    Por que as plantas daninhas são um problema no algodão?

    As plantas daninhas competem diretamente com o algodão por água, luz e nutrientes, além de aumentarem o banco de sementes no solo. Quando não controladas, comprometem a lavoura nas safras seguintes e reduzem a rentabilidade. Segundo Liliane Tibolla, Consultora de Desenvolvimento de Produtos da TMG – Tropical Melhoramento & Genética, o manejo inadequado pode elevar impurezas na pluma e diminuir a qualidade da fibra, reduzindo o valor do produto.

    Dica técnica: O manejo de plantas daninhas representa entre 15% e 20% do custo total de produção do algodão. Um controle eficiente é essencial para manter a competitividade.

    Principais plantas daninhas no Mato Grosso

    Entre as espécies mais desafiadoras para os cotonicultores estão:

    • Capim pé de galinha (Eleusine indica)
    • Caruru (Amaranthus spp.)
    • Buva (Conyza spp.)
    • Capim amargoso (Digitaria insularis)
    • Vassourinha de botão (Borreria verticillata)

    Essas espécies são especialmente problemáticas em regiões como o Mato Grosso (MT), onde o clima irregular favorece sua incidência.

    Como reduzir a pressão das plantas daninhas?

    O planejamento integrado é a chave. Liliane reforça que a escolha da cultivar adequada e o uso de biotecnologia são fundamentais para um manejo sustentável. Cada lavoura é única, por isso é necessário combinar:

    • Tecnologia genética
    • Monitoramento constante
    • Rotação de herbicidas com diferentes mecanismos de ação
    • Controle na entressafra

    Momento crítico: Os primeiros 40 a 60 dias após a emergência do algodão são os mais sensíveis à competição com plantas daninhas.

    Estratégias para um manejo eficiente

    • Planejamento pré-semeadura: Defina um plano de ação antes do plantio.
    • Controle inicial: Ataque as plantas daninhas nos estágios iniciais.
    • Manejo integrado: Combine métodos químicos, culturais e mecânicos.
    • Rotação de produtos: Evite resistência aos herbicidas.

    Com um planejamento bem executado, é possível garantir:

    • Maior produtividade
    • Qualidade da fibra
    • Redução dos custos de produção