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Especialista em RH reforça a importância da atenção personalizada às características de cada trabalhador, seja no campo ou na indústria.
16 de dezembro de 2024
O agronegócio brasileiro, responsável por mais de 28 milhões de empregos no país, é uma potência econômica que contribui com cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este setor não apenas carrega tradições centenárias, mas também se reinventa com inovações tecnológicas e culturais que refletem na diversidade e no perfil dos profissionais que o sustentam.
Apesar da forte presença de famílias tradicionais, o agronegócio tem atraído cada vez mais jovens para o mercado. Dados do IBGE mostram que, embora a participação de jovens de 18 a 29 anos tenha diminuído em várias áreas do setor, ela aumentou significativamente em cargos técnicos, como na produção agropecuária. Entre 2012 e 2024, o número de jovens profissionais nessas posições cresceu de 118 mil para 163 mil, um reflexo direto da crescente demanda por trabalhadores qualificados e abertos à tecnologia.
“A troca de experiências entre profissionais mais jovens e veteranos é de grande valor e merece ser continuamente estimulada”, afirma Kamila Coelho, coordenadora de Recursos Humanos da TMG – Tropical Melhoramento & Genética. Essa integração geracional tem sido uma estratégia importante para aproveitar os pontos fortes de cada faixa etária: os jovens trazem familiaridade com tecnologia, enquanto os mais experientes contribuem com conhecimento profundo dos processos.
Um estudo da Great Place to Work em 2021 revela a diversidade geracional nas principais organizações do Brasil:
Na TMG, essa distribuição é igualmente heterogênea, com 40% dos seus 524 colaboradores abaixo de 30 anos, 50% entre 30 e 50 anos, e 10% acima de 50 anos.
Conciliar expectativas e formas de trabalho diferentes é um desafio constante. Jovens profissionais tendem a priorizar a inovação tecnológica, enquanto os veteranos se concentram na experiência acumulada. Para enfrentar esses desafios, a TMG implementa programas como o Reter Talentos, que identifica e desenvolve profissionais alinhados com os valores da empresa.
“Focamos em questões comportamentais e no planejamento de carreira para os jovens, ajudando-os a canalizar sua energia e ansiedade de forma produtiva”, explica Kamila. O objetivo é preparar os recém-chegados para que contribuam de maneira consistente, ao mesmo tempo em que se desenvolvem pessoal e profissionalmente.
A sucessão familiar é um tema delicado no agronegócio. Em 2017, a média de idade dos agricultores brasileiros era de 55 anos, de acordo com o IBGE. Além disso, 61% dos proprietários rurais declararam não se sentirem preparados para passar o bastão, segundo estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 2020.
No entanto, a transformação no perfil de gestão é inevitável. Os filhos estão assumindo as propriedades e trazendo consigo a agricultura digital e novas tecnologias, acelerando o ritmo de inovações no campo. “No passado, o pai gerenciava a fazenda de forma tradicional. Hoje, os filhos estão modernizando a gestão, o que é uma tendência clara dentro e fora da porteira”, conclui Kamila.
A TMG – Tropical Melhoramento & Genética é uma empresa brasileira que oferece soluções genéticas para algodão, soja e milho há mais de 20 anos. Com um banco de germoplasma premium e um portfólio de cultivares e híbridos que incorporam as mais modernas biotecnologias, a empresa busca atender à crescente demanda global por grãos e fibras demaneira sustentável.