Clima Irregular no Mato Grosso Aumenta Pressão de Plantas Daninhas no Algodão: Como Garantir Produtividade e Qualidade
Soja 2025/26: plantio recorde no Brasil, estabilidade em Chicago e riscos do La Niña
La Niña 2025 está confirmada! Saiba como o fenômeno deve impactar o clima e quais estratégias adotar para garantir bons resultados na safra 2025/26.
31 de outubro de 2025
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) e a Organização Meteorológica Mundial (OMM) confirmaram oficialmente a formação da La Niña em 2025 — fenômeno caracterizado pela diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico.
Segundo os órgãos, há 71% de chance de o fenômeno permanecer ativo até fevereiro de 2026.
No Brasil, a La Niña tende a intensificar as chuvas nas regiões Norte e Nordeste, especialmente durante a safra 2025/26. Embora o fenômeno esteja classificado como de baixa intensidade, ele ainda pode gerar volumes de precipitação acima da média histórica, exigindo atenção redobrada dos produtores rurais.
De acordo com Frederico Dellano, consultor de desenvolvimento de produtos da TMG, os efeitos da La Niña não devem ser subestimados.
“O produtor precisa antecipar-se e planejar o manejo para lidar com períodos de maior umidade, pois isso pode intensificar a ocorrência de nematoides, favorecer doenças fúngicas e comprometer a qualidade dos grãos na colheita”, explica Dellano.
Com mais umidade no solo, o risco de doenças e perdas de qualidade nos grãos aumenta. Isso pode elevar custos de controle fitossanitário e impactar a produtividade final, especialmente em regiões com histórico de precipitação intensa.
O segredo para atravessar um ciclo de La Niña com segurança está no planejamento e na escolha correta de cultivares. Dellano recomenda atenção especial a alguns pontos:
Além disso, é importante monitorar a umidade durante a colheita. O excesso de chuva pode provocar germinação dos grãos ainda nas vagens, além de favorecer doenças de final de ciclo, o que compromete a qualidade e o valor de mercado da produção.
Apesar dos desafios, anos de La Niña costumam ser mais favoráveis no Norte, quando comparados a períodos de El Niño, que trazem secas mais severas.
“O excesso de água exige cuidados adicionais, mas com planejamento é possível manter bons resultados produtivos. Este La Niña, mesmo sendo fraco, merece atenção redobrada principalmente nos períodos críticos da cultura”, reforça Dellano.
Com um manejo preventivo, o produtor pode equilibrar riscos e aproveitar os benefícios da maior disponibilidade hídrica no solo, garantindo estabilidade e produtividade ao longo da safra.
A confirmação da La Niña 2025 exige preparo e estratégias inteligentes por parte dos produtores. Mesmo sendo um evento de baixa intensidade, os impactos sobre o clima e sobre o mercado são reais.
Com planejamento antecipado, escolha adequada de cultivares e manejo preventivo, é possível transformar o desafio climático em oportunidade de produtividade e rentabilidade.