Ferrugem asiática: desafios e soluções.
A ferrugem asiática da s...
Produção de etanol de milho no Brasil cresce 800% em 5 anos e pode atingir 10 bilhões de litros até 2030, impulsionada pelo melhoramento genético.
15 de agosto de 2025A produção brasileira de biocombustível derivado do milho registrou um crescimento impressionante nos últimos anos. Entre 2017 e 2022, o volume saltou de 520 milhões de litros para 4,5 bilhões de litros, representando um aumento de 800% em apenas cinco anos.
De acordo com projeções de especialistas, até 2030 o etanol de milho poderá responder por 40% de toda a produção nacional de biocombustíveis, alcançando 10 bilhões de litros anuais.
O avanço da indústria de etanol de milho no Brasil está diretamente ligado aos progressos no melhoramento genético do cereal. Segundo Francisco Soares, presidente da Tropical Melhoramento & Genética (TMG), a busca por híbridos mais eficientes tem sido fundamental para atender à demanda crescente da indústria.
“O produtor que mira esse mercado prioriza híbridos que entregam estabilidade de produção, alto teto produtivo, precocidade e bom desempenho em diferentes ambientes. Isso garante o volume necessário para a indústria sem comprometer a rentabilidade”, afirma Soares.
A adaptação de híbridos tolerantes a estresses hídricos e térmicos, especialmente no Cerrado, principal região produtora, tem permitido o cultivo em áreas antes consideradas de baixa aptidão agrícola.
Dados da União Nacional do Etanol de Milho (UNEM) mostram que Mato Grosso é o maior destaque no cenário nacional. A moagem de milho para etanol subiu de 0,23 milhões de toneladas na safra 2014/15 para 12,5 milhões de toneladas na safra 2024/25.
Francisco Soares ressalta:
“O melhoramento genético viabiliza essa expansão. Ao desenvolver híbridos mais tolerantes, abrimos novas fronteiras agrícolas com segurança produtiva e rentabilidade para o produtor”.
O País ocupa a segunda posição mundial na produção de etanol de milho. Em 2024, os Estados Unidos produziram 16,1 bilhões de galões (≈ 61 bilhões de litros), enquanto o Brasil alcançou 8,78 bilhões de galões (≈ 33,2 bilhões de litros).
O mercado de etanol de milho vive um momento de rápida expansão, impulsionado pela demanda por fontes renováveis de energia e pelos avanços tecnológicos no campo.
Com o melhoramento genético abrindo novas fronteiras agrícolas e aumentando a produtividade, o Brasil fortalece sua posição estratégica na matriz energética, diversificando a produção e gerando desenvolvimento econômico, especialmente em estados produtores como Mato Grosso.