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Produção e exportação de algodão fortalecem Brasil como 3º maior produtor mundial
21 de agosto de 2025
A cotonicultura brasileira vive um momento histórico. Na safra 2024/2025, o Brasil consolida-se como terceiro maior produtor mundial de algodão e líder nas exportações da fibra. A estimativa é colher 3,96 milhões de toneladas, alta de 7,1% em relação ao ciclo anterior, em uma área plantada 10,2% maior.
Com destino principal à Ásia, as exportações devem crescer 13%, alcançando 2,74 milhões de toneladas. O setor já projeta, para 2025/2026, embarques de 2,97 milhões de toneladas.
Antes dominada pela China, que reduziu suas compras, a pauta de exportações brasileiras se diversificou:
• Vietnã (19%)
• Paquistão (18%)
• Bangladesh (13%)
• Turquia (12%)
• Índia (em forte expansão)
O melhoramento genético dos cultivares, realizado por empresas como a TMG (Tropical Melhoramento & Genética), elevou a qualidade da fibra, garantindo competitividade no mercado internacional. Além disso, o algodão brasileiro conta com certificações de sustentabilidade e rastreabilidade da lavoura até a indústria.
“O melhoramento tem como objetivo não apenas aumentar a resistência a pragas, mas também buscar o equilíbrio entre produtividade e qualidade”, explica Francisco Soares, presidente da Tropical Melhoramento & Genética.
O orçamento anual para pesquisa e desenvolvimento de novos cultivares da TMG gira em torno de R$ 250 milhões. De acordo com Soares, pelo menos três cultivares são lançados por ano e licenciados para grandes produtores, que multiplicam a semente e vendem ao produtor final.
Além da fibra, o caroço de algodão tem potencial de mercado. Ele pode gerar óleo para biocombustível e farelo proteico para nutrição animal, diversificando a renda do produtor rural.
O Mato Grosso lidera com 70% da produção nacional, seguido pelo Cerrado da Bahia (15% a 20%). O cultivo ocorre principalmente na segunda safra, de janeiro a agosto.
