Soja 2025/26: plantio recorde no Brasil, estabilidade em Chicago e riscos do La Niña
22 de outubro de 2025
O mercado da soja entra no ciclo 2025/26 com grandes expectativas. O Brasil acelera o plantio visando uma safra histórica, os preços na Bolsa de Chicago mantêm-se relativamente estáveis e o fenômeno climático La Niña surge como um possível fator de risco. Neste panorama, produtores, investidores e toda a cadeia agrícola precisam acompanhar com atenção os sinais climáticos, econômicos e comerciais.
Contexto e projeções para a safra brasileira
A área plantada com soja no Brasil deve crescer entre 1% e 2% na safra 2025/26, alcançando novos recordes de produção, desde que as condições climáticas sejam favoráveis. A expansão ocorre principalmente em estados do Centro-Oeste e nas regiões do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), impulsionada pela combinação de tecnologia, manejo eficiente e alta demanda global.
Mesmo com o cenário otimista, os produtores enfrentam desafios econômicos importantes. O aumento nos custos de insumos, as taxas de juros elevadas e a volatilidade cambial exigem planejamento e controle rigoroso das despesas. Além disso, fatores externos — como a concorrência internacional e os custos logísticos — podem limitar os ganhos esperados.
Mercado internacional: Chicago como barômetro global
Enquanto o plantio avança no Brasil, a Bolsa de Chicago (CBOT) apresenta estabilidade nos preços. A oferta global abundante e as expectativas já incorporadas ao mercado explicam esse comportamento mais contido. O dólar também tem papel crucial: sua valorização ou desvalorização influencia diretamente a competitividade das exportações brasileiras.
Relatórios de órgãos internacionais, como o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), continuam sendo grandes direcionadores de preço. Alterações nas estimativas de oferta, demanda e estoques globais geram ajustes imediatos nas cotações. Além disso, questões geopolíticas e negociações comerciais entre grandes economias, como Estados Unidos e China, seguem afetando o fluxo global da soja.
La Niña: potencial ameaça às lavouras
O fenômeno climático La Niña é um dos principais pontos de atenção para a safra 2025/26. Ele pode provocar estiagens prolongadas ou chuvas mal distribuídas, especialmente nas regiões Sul e Centro-Oeste, comprometendo o rendimento das lavouras. Monitorar as previsões meteorológicas e ajustar estratégias de plantio e manejo será essencial para reduzir riscos.
Conexões entre Brasil e mercado internacional
A competitividade da soja brasileira depende de múltiplos fatores, como câmbio, custos de transporte, tarifas de exportação e concorrência com outros grandes produtores, especialmente a Argentina. A China permanece como principal destino da soja nacional, mantendo o Brasil em posição de destaque no cenário global de exportações.
Recomendações para produtores e investidores
Acompanhar constantemente as previsões climáticas e boletins agrícolas.
Controlar custos e otimizar o uso de insumos para preservar margens de lucro.
Diversificar mercados compradores e estratégias comerciais.
Utilizar contratos futuros e ferramentas de hedge para se proteger da volatilidade de preços.
Manter-se atualizado sobre relatórios e tendências globais do setor.
Conclusão
O ciclo 2025/26 da soja começa com otimismo e grandes expectativas de produtividade. O avanço do plantio no Brasil reforça a posição de liderança do país no cenário mundial. No entanto, a estabilidade das cotações em Chicago e os possíveis efeitos do La Niña exigem cautela. O equilíbrio entre produção eficiente, gestão financeira e adaptação às mudanças climáticas será decisivo para transformar potencial em resultados reais.
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